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para a World Circuit (sai no início de Junho), "Secret Agent" é uma vigorosa amostra do estado do afrobeat no século XXI. O género tem vindo a demonstrar possuir um renovado fôlego, com os herdeiros directos de Fela - Seun & Femi - e uma multidão de seguidores - dos Antibalas aos Soul Jazz Orchestra passando pelos "nossos" Cacique 97 - a investirem energia e criatividade na arte sincopada de alinhar ideias de carácter político ou festivo sobre grooves informados pelo espírito do presidente negro.
Tony Allen esteve 15 anos ao lado de Fela, ajudando a cozinhar no laboratório do Shrine as dinâmicas que suportariam o afrobeat. O seu estilo combina tradição poli-rítmica, o funk suado de James Brown, capacidade de improviso aprendida no jazz e algo mais de indizível que faz dele um músico perfeitamente singular. No novo álbum, a electrónica que o acompanhou quando gravou para a francesa Comet é deixada de lado em favor de uma abordagem mais purista: o que significa metais em ebulição, guitarra em permanente overdrive, baixo carregado de groove, a chamada e resposta que é a fundação da África musical e uma disciplina rítmica a toda a prova.
Para ouvir Secret Agent
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